Teoria do Não da Nada e a ascensão da criminalidade

  • Ouvimos e vimos, por milhares de vezes, famílias vítimas da criminalidade em abundância. Muitas das vezes, para não dizer sempre, desassistidas pelo Estado, vendo um atual endeusamento das chamadas “vítimas da sociedade”, tratados com prioridade, proteção e grande repercussão midiática. O tecido social está exausto de ouvir teorias sobre os criminosos e a criminalidade, deixando ecoar no vazio dos seus anseios a tão aguardada justiça. ⚖

    No questionamento do autor de uma grande obra, por que as pessoas teoricamente bem formadas como criminologistas, juízes, advogados e promotores “compram” ideologias que transformam bandidos cruéis em anjos?

    O relativismo é o fatal fator da cegueira quanto ao cenário brasileiro, principalmente no quesito criminalidade. Ora, a noção do certo e do errado, bem e mal, verdade e mentira está desvirtuada. O “tudo pode” gera não só a sensação, mas a prática do ser passivo. Daí vem a defesa da falácia do “prender não resolve”, a prisão é a “escola do crime”.

    A teoria do “não dá nada” é retroalimentada pelos próprios defensores das minorias. A defesa de grupos supostamente mais frágeis da sociedade é dar a eles voz para que se equiparem ao todo, porém, ao contrário disso, dizer que criminosos são vítimas da sociedade é afirmar que eles não possuem inteligência, não realizam cálculos, não avaliam ganhos, benefícios e não conseguem tomar decisões para seus objetivos.

    É forçoso e fundamental admitir, e não só isso, insistir que o delinquente é responsável pelos seus atos, não é vítima, é vitimador. Fazer aprender que não pode se debruçar sobre a escora do pensamento social de que continua sendo culpa da sociedade. 

    Enquanto isso, mesmo com uma queda de 22% em relação ao ano de 2018, 2019 arranca o primeiro semestre com mais de 17.9 mil mortes violentas.